Prova D’Água: aplicativo que ajuda a monitorar enchentes e prevenir desastres

Um aplicativo que monitora enchentes em áreas sensíveis e ajuda a prevenir desastres materiais e perda de vidas. Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) e Fundação Getulio Vargas (FGV), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O aplicativo que leva o mesmo nome do projeto foi testado por professores, estudantes, agentes da Defesa Civil e moradores em mais de 20 municípios nos estados de Pernambuco, Santa Catarina, Mato Grosso, Acre e São Paulo. Em breve, deve ser disponibilizado na Play Store, loja virtual de aplicativos da Google.

Para alimentar o aplicativo, os pesquisadores treinaram alunos de escolas públicas na construção de pluviômetros artesanais, usando garrafa plásticas e uma régua. Cada estudante verifica diariamente a quantidade de chuvas nos pluviômetros e insere os dados no aplicativo, criando e alimentando assim um banco de dados.

A aplicação permite ainda enviar informações sobre áreas alagadas, intensidade de chuva e altura da água no leito de um rio. Também acumula dados compilados por órgãos oficiais como o Serviço Geológico do Brasil e o Cemaden.

“Não queríamos apenas desenvolver um aplicativo”, conta Lívia Degrossi, que realiza pós-doutorado na na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV). “Durante nossas atividades nas áreas de estudo, nos preocupamos em discutir como o aplicativo poderia ser utilizado pelos moradores durante os desastres. Por isso, acabamos desenvolvendo um novo método de desenvolvimento de software e uma ferramenta que pudesse ser usada por todos.”

A pesquisadora desenvolveu a aplicação em colaboração com profissionais do Cemaden, da Defesa Civil e da Secretaria de Meio Ambiente do Acre. Participaram ainda estudantes das escolas estaduais Renato Braga e Vicente Leporace, no Jardim São Luís, na cidade de São Paulo, e moradores do bairro, que fica no M’Boi Mirim, área do município com maior número de regiões de risco, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Via: Veja