Desligar uma função no app do Facebook faz sua bateria durar muito mais
Processadores cada vez mais eficientes, memória RAM que permite executar rapidamente qualquer app e câmeras em constante evolução: todos esses avanços nos celulares são muito bem-vindos, mas de nada adiantam se o aparelho estiver sem bateria.
Bateria que dura, é só o que pedimos.
Esfomeados e silenciosos
Mas de nada adianta uma bateria que promete 30 horas de conversa se os aplicativos do Facebook e WhatsApp estão devorando a energia do seu aparelho. Recentemente adquiri um celular novo justamente por problemas na bateria do antigo. Para minha surpresa, após instalar os aplicativos que uso com frequência e configurar o aparelho, via a energia acabar em menos do que 10h. E o pior é que, em boa parte desse tempo, o celular permanecia no modo “espera” (stand by).
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Bastou abrir as configurações e ver duas anomalias: Facebook e Whatsapp, sozinhos, consumiam quase 50% de uma carga completa da bateria, sendo que na maior parte do tempo eu acesso-os pelo computador.
Como o Facebook era o grande vilão, investiguei o que poderia ser feito para diminuir o seu apetite. Primeiro, forcei a parada do app. Nada mudou.
Depois, apaguei e reinstalei –há tutoriais espalhados pela internet que dizem que isso pode ajudar a diminuir o consumo de bateria pelo app. Novamente, nada mudou.
Decidi então diminuir o número de notificações e desabilitar o funcionamento em segundo plano. O consumo de bateria, de fato, foi menor. Mas a diferença era pequena.
A mágica veio quando desabilitei o acesso do aplicativo à minha localização. O consumo despencou de quase 30% do uso de carga total da bateria para pouco menos de 10%, segundo as informações que aparecem nas informações de uso da bateria.
E o benefício foi enorme, porque esse tipo de permissão é uma das características menos úteis para mim. Para que eu quero saber quem está perto de mim? O meu celular usa a última versão do sistema operacional Android e, ainda assim, há um problema. Ao contrário do que ocorre no iOS, não é possível configurar para que Facebook acesse a localização do dispositivo apenas quando o app estiver aberto.
No Android, há apenas duas opções: ligado e desligado. E ativar o recurso quando você estiver utilizando o Facebook – por exemplo, se você quiser fazer um check-in em algum lugar e autorizar o acesso do app à localização para que ele filtre automaticamente a lista de lugares próximos – significa que essa permissão será dada permanentemente.
Aí, resta ir até as opções e mudar essa configuração manualmente. Não é preciso dizer que ninguém quer esse tipo de tarefa.
Para mudar as configurações de permissão no Android, basta ir em “Configurações” > “Apps e notificações” e selecionar o Facebook. Depois, em “Permissões”, desativar a opção “Local”.
Já no iPhone, clique em “Ajustes”, “Privacidade” e “Serviços de localização”. Na lista de apps, escolha o Facebook para mudar suas permissões.
E o WhatsApp?
Resolvido o problema com o Facebook, foi a vez de investigar o que ocorre com o WhatsApp. Aqui, a resposta acabou sendo mais simples e, dependendo do seu perfil de uso, pode não ter solução.
O vilão da vez é o WhatsApp Web. A solução para que você não precise pegar o celular na mão sempre que desejar ver ou trocar mensagens, na verdade, não funciona de maneira independente do celular.
Isso não é novidade – quem nunca recebeu a mensagem no aplicativo para computadores que o smartphone estava sem conexão com a internet ou, ainda, com a bateria fraca? Pois, ao ler o código QR na tela do computador, o celular passa a funcionar como um intermediário entre as mensagens enviadas pela versão Web e o celular de destino.
Funciona assim: se você envia uma mensagem pelo aplicativo do computador, ela vai até o servidor do Whatsapp e retorna ao seu celular, que envia novamente a mensagem para o servidor como se fosse o método comum. Na hora de receber mensagens, o caminho é o inverso.
Ou seja, quando você usa o WhatsApp Web, o celular está trabalhando de maneira similar ao que ocorre quando você utiliza o WhatsApp de forma tradicional. Aqui, claro, não levamos em conta o consumo de bateria proveniente da tela ligada ao usar o app pelo celular.
Ao contrário do Facebook, não há nenhuma “opção mágica” que faça o aplicativo consumir menos bateria. Aqui, só há uma solução: deixar de utilizá-lo por completo.
Via: tecnologia.uol